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domingo, 16 de outubro de 2011

24º dia - "A raiva"

Distrito de Outra Dimensão, 16 de outubro de 2011.


Boa noite!

Hoje foi um dia meio confuso para mim.
Primeiro, começou o Horário Brasileiro de Verão, que quer dizer que perdi uma hora do meu domingo.
Quando acordei e fui assistir a um dos programas favoritos na televisão, ele já havia se encerrado.
Fiquei com uma coisa ruim dentro de mim que aumentou quando procurei na geladeira um achocolatado e vi que não tinha mais.
Aumentou mais ainda, quando o meu pai me pediu que fosse apagar a luz do quarto que eu tinha deixado acesa.

Falei alto com o papai, dizendo que iria depois.
Ele não gostou.
Disse que um filho não pode gritar com um pai.
E, não sei a razão, gritei novamente. Repeti que iria depois.

Ele queria que eu fosse naquela hora e repetiu uma explicação que já tinha me dado outras vezes: luz acesa gasta energia que custa caro para o bolso e para o planeta. É que para a luz ficar acesa, um montão de gente trabalha, são usadas enormes barreiras em rios ou é usado petróleo, gás ou até o vento. Nossa! Tanta coisa acontece para luz ficar acesa que não caberia nessa página de diário, mas é bom todo mundo saber, porque assim a gente apaga a luz rapidinho quando não precisa mais dela.

Mas... eu estava com um negócio ruim dentro de mim, por causa do programa de tevê perdido, o achocolatado que não pude beber e a preguiça de ir até o quarto apagar a luz.

O meu pai me pôs de castigo. Disse que não jogaria bola naquele dia e que eu deveria ir até o meu quarto para pensar no que estava acontecendo.

Pensei... lembrei que já tinha sentido aquilo outras vezes... era a raiva. Por causa dela já me desentendi com algumas pessoas que gosto muito, como o Zezinho, o vô Vieira, o papai e a mamãe.

A tia Mirandinha disse que todo mundo sente raiva em algum momento, mas a gente tem que usar a inteligência para ela não tomar conta da gente.

É...mas a minha inteligência, às vezes, chega atrasada para dar um jeito na raiva.
Daí, acabo deixando gente que eu gosto muito chateada e, às vezes, com raiva também, como o Zezinho ficou um dia.
De qualquer maneira, depois que descobri que existe a raiva, consigo controlá-la melhor.

O jeito foi pedir desculpas para o meu pai.
E até que ficar sem jogar futebol e assistir à tevê não foi tão ruim assim, pois fiquei brincando de inventar historinhas com os meus pais e com a vó Salma, li o livro do Peter Pan e comi bolinho de chuva.

Até amanhá, quando eu volto a tentar responder as dúvidas da Urna.

Um comentário:

  1. Com tantas outras coisas legais pra fazer...até que ficar de castigo foi bom, né?!
    Aqui em casa tenho um trabalho danado pra fazer com que apaguem as luzes, e olha que tem gente bem grandinha aqui que nunca aprende!

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