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domingo, 27 de novembro de 2011

61º ao 66º dia: "Provas, ansiedade e medo de dormir sozinho'

Olá amigos!

Fiquei sem escrever no Diário por esses dias porque estava estudando e preocupado com as provas escolares.
Por mais que o meu pai diga que o importante é aprender e, por isso, é bom estudar todos os dias, eu sempre fico mais preocupado com os dias que antecedem às provas.
A minha mãe diz que eu fico ansioso.
Ansioso é quando a gente não espera as coisas acontecer e já nos preocupamos e até sofremos com ela.

O meu vô Vieira diz que a ansiedade não faz bem para saúde e para lidar com ela é bom pensar nas coias boas de cada dia. Eu tento seguir a receita do vô Vieira nos dias de provas e, muitas vezes, dá certo!

Nesses dias, também, andei tendo medo de dormir sozinho.
Quando sinto medo, sempre acho que pode ter alguma coisa estranha debaixo da cama, dentro do guarda-roupa ou atrás da cortina.
Acontece, geralmente, nos dias de muito vento, como tem ocorrido.

Mas, hoje, acho que não vou sentir medo.
É que a vó Salma me convenceu que não tem motivo para sentir medo.
Ela contou que, quando era criança, também, achava que podia ter coisas debaixo da cama, atrás da cortina e dentro do guarda-roupa, mas, com o tempo, descobriu que era uma bobagem.
Eu perguntei como ela descobri.
Ela disse que a certeza vem de toda a vida dela, de quase 90 anos, dormindo, sem que nenhuma coisa estranha tenha saído da cortina, debaixo da cama ou de dentro do guarda-roupa.

Hummm... se as coisas estranhas que imagino, realmente, existissem, certamente, tinham aparecido para a vovó, né!?

Bom... então vou dormir tranquilo...

Abraços a todos!!



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

55º 60º dia: Uma temporada "desplugada" e a fuga do "vira".

Distrito de Outra Dimensão, 21 de novembro de 2011.

Boa noite!

Já estava com muitas saudades de vocês!
Adorei abrir o diário hoje e ver as mensagens da minha amiga Lia.

É, pessoal! Fiquei quase uma semana sem o meu diário.
No dia 16, dia seguinte ao feriado da República, choveu muito aqui no Distrito de Outra Dimensão.
Além da chuva, raios brilhavam por todos os lados.
E foi por causa de um raio que fiquei sem poder me encontrar com vocês por aqui.

Quando o meu pai ligava o computador, ouvi um grande clarão vindo da janela, seguido de um barulhão.
Desde então, o computador, a tevê e o videogame pararam de funcionar.
O meu avô disse que ficamos "desplugados".
Mas até que teve um lado muito legal. Foram dias de muitas conversas com os meus pais e de muitas brincadeiras e leituras gostosas, também.

No dia do raio, ficamos conversando na cozinha, iluminados por velas.
Perguntei para a minha mãe por que a luz do raio vinha sempre antes do barulho, o trovão, "o grito do raio".
Ela me disse que a velocidade da luz é muito maior do que a do som. Aliás, a velocidade da luz é a maior até hoje verificada. Então, quando um coisa emite luz e som, ao mesmo tempo, a luz chega primeiro aos nossos olhos do que o som aos nossos ouvidos.

Só não gostei de uma coisa nesses dias.
O raio foi tão forte que deixou o meu cãozinho muito assustado. Ele sumiu de casa.
Só apareceu no domingo, provavelmente, atraído pelo cheiro do delicioso frango caipira feito pela tia-avó Bayja.

Vou contar um segredo para vocês. Quando o meu cão late, eu entendo tudo!
Ele me contou que ele correu muito no dia da chuvarada e foi parar em um canavial.
Foi quando ele viu ao longe uma luz vermelha. Parecia um monstro. Ele foi se aproximando até quando foi possível perceber que saía fumaça de sua cabeça e ele fazia barulhos muito fortes, pareciam estalos.
Quanto mais ele se aproximava, mais quente ficava.
O meu "vira lata" ficou parado, só olhando, como se estivesse hipnotizado.
Nesses momento, um tatu apareceu correndo e disse:
- Corre, cachorro, corre!!!
O meu "vira" saiu correndo atrás do tatu até sair do canavial.
O tatu contou que o monstro era uma chama, um fogo muito bravo que podia transformar qualquer um em cinza.

Durante esses dias de fuga, o meu "vira" conheceu muitos outros bichos que fugiram do fogo: cobras, tatus, passarinhos...
Foi um beija-flor que mostrou a ele o caminho de volta para casa.

Ah... lembrei que o meu cão ainda não tem nome. Alguns amigos já estão me dando sugestões: Flocos, Zé, Viranildo, Tomé, Tim, Simbá...

Deem vocês também!!

Abraços!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

53º e 54º dias: "Inveja e República"

Distrito de Outra Dimensão, 15 de novembro de 2011.

Boa tarde!

Ontem, estive na casa da Rosita para conversar.
Conversamos muito sobre a separação dos seus pais e ela já está mais tranquilo.

Mas fui eu que não fiquei muito tranquilo.
É que havia um primo da Rosita em sua casa.
Ele tocava sanfona e cantava e ele tem, apenas, 10 anos.
Quanto mais ele tocava e cantava, mais a Rosita ficava feliz.
Quanto a mim, alguma coisa ia acontecendo dentro de mim. Não era uma coisa boa. Ver o Lico, o primo, tocar tão bem, deixando a Rosita muito feliz, não me deixava satisfeito.
Cheguei a dizer no ouvido da Rosita que ele tocava bem, mas cantar nem tanto, embora eu soubesse que a minha crítica não era verdadeira.
Foi quando a Rosita respondeu que eu estava com inveja.

Fui embora chateado. Acho que, realmente, senti inveja.
Fiquei com vergonha de ter tido inveja e a Rosita ter percebido.

Procurei o vô Vieira para conversar e contei o que tinha acontecido.
Ele me disse que se existe um sentimento, qualquer que seja, uma pessoa pode senti-lo.
Então, toda pessoa já sentiu inveja, ira, raiva, ciúme... esses sentimentos não nos fazem bem e também não fazem para as pessoas que nos cercam.
Vô Vieira disse que o mais importante é como reagimos a um sentimento ruim. No caso da inveja, ele me ensinou a respirar fundo quando ela vier e mandar ela ir embora, trocando ela por admiração, se for inveja de uma qualidade, ou trocando por nada, se for inveja de coisa sem importância, como é o caso de inveja de uma coisa que outra pessoa tenha e nós temos: um brinquedo, por exemplo.
Acho que entendi o que o vovô disse. Fiquei mais tranquilo.

O vô Vieira aproveitou para me lembrar que hoje, 15 de novembro, é dia da República e, por isso, que é feriado.
Ele me disse é uma coisa muito importante e pediu que eu fizesse uma pesquisa sobre o assunto e é o que vou fazer agora!

Tchau... 

domingo, 13 de novembro de 2011

52º dia: "Festa em casa mineira"

Distrito de Outra Dimensão, 13 de novembro de 2011.

Boa noite!

Ontem, foi aniversário da minha tia-avô Bayja.
O meu pai diz que a casa da Bayja é uma típica casa mineira.
Há uma mesa na copa sempre lotada de biscoitos de povilho, bolachas de cebola, doces, sequilhos, café e muitas outras gostosuras.
É muito difícil de resistir!

E, ontem e hoje, a casa da Bayja foi um entra e sai de pessoas, com muita fartura.
Mamãe, papai e eu passamos por lá nos dois dias.
Eu brinquei com muitos amigos: o Dudú, o Antônio, o Luca, o Diogo, o João, a Rosita, o Zezinho...
Corremos atrás das galinhas no quintal, jogamos batalha naval, nadamos, conversamos... foi, realmente, uma festa!

A tia Bayja estava muito feliz e junto com a tia Mirandinha fizeram comidas que eu adoro: frango caipira, salada de tomate carolina e rúcula, lombo com batatas assadas, gelatinas... A tia Neide levou um delicioso bolo com creme que o meu pai aprecia muito. A tia Adma levou um suculento pernil.

Eu, também, gosto de ver como, nesses dias de festas, os adultos ficam conversando e sorrindo à mesa; contam, inventam e repetem histórias e piadas. Abraçam-se. Cantam.

O meu coração, assim, também parece entrar na festa!

Agora, de tanto brincar, estou cansado e já vou preparando-me para dormir, mas não sem antes reler, pela décima vez, a Coleção Roquito.

abraços!

sábado, 12 de novembro de 2011

49º ao 51º dia: "Famílias não são todas iguais"

Distrito de Outra Dimensão, 12 de novembro de 2011.

Olá!

Nestes últimos dois dias, estive conversando com alguns amigos e ouvindo algumas histórias de famílias para ver como eu podia ajudar a Rosita com o problema da separação dos seus pais.

Descobri que há outros amigos que não moram com o pai e a mãe e que as famílias podem ser muito diferentes daquelas em que os pais moram juntos e cuidam de seus filhos.

Há amigo, o Marco, que mora só com o pai e com o irmão mais velho, por que a mãe já faleceu.

Tem a Cíntia, que mora com a vó, porque os dois pais tiveram, por algum tempo, que trabalhar no Japão.

O José Pedro, que, também, teve os pais separados, mora com a mãe e com o padrasto, e ainda tem o seu pai que o visita, às vezes. Ele fala, então, que tem dois pais.

Os pais da Ana Maria nunca moraram juntos e ela quase nunca vê o seu pai. A sua mãe cuida dela sozinha e, mesmo assim, Ana é muito feliz.

Ouvi histórias de crianças adotadas e até abandonadas e que foram acolhidas por gente que lhes dão muito amor.

Descobri, também, que uma família ser diferente não significa criança triste.

O que importa mesmo é o amor e o respeito com que a criança é tratada.

Vou contar tudo que descobri para a Rosita para ela entender que tudo vai ficar bem, por que parece que os seus pais, mesmo separados, vão continuar lhe dando muito amor. Eu conheço os dois e eles são muito legais com as crianças e com a Rosita.

Hoje, escrevi o diário mais cedo, porque já estava com saudade de escrever nele, depois de dois dias, e porque vou ao aniversário de uma tia amiga de quem eu gosto muito, a Bayja.

Amanhã, eu conto como foi a festa.

Abraços para todos!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

48º dia: "Os pais da Rosita"

Distrito de Outra de Dimensão, 09 de novembro de 2011.

Boa noite, amigos!

Hoje tive uma conversa diferente com a Rosita.
Ela estava triste.
Disse que os seus pais estão se separando, que quer dizer, no caso dela, que o seu pai vai morar em outra casa.
Ela falou que só não estava mais trites, porque os seus pais conversaram muito com ela e o seu pai vai visitá-la com frequência, mas também porque parece que os seus pais pararam de discutir, como vinha acontecendo muito.

Eu não soube o que dizer...

Vou dormir pensando nisso, pois quero muito o bem da Rosita.

Amanhã quero conversar com os pais sobre esse assunto. Talvez eles me expliquem melhor.

Até amanhã...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

47º dia: "Algumas musiquinhas"

Distrito de Outra Dimensão, 08 de novembro de 2011.

Boa noite!

Hoje tirei o dia para ouvir umas músicas que eu gosto.

Então, vou deixar algumas para vocês aqui embaixo:










46º Dia - Portinari: "Jardinópolis era a Meca"

Distrito de Outra Dimensão, 07 de novembro de 2011.




Olá Pessoal!


Nesta segunda, conversei com o meu amigo João Luiz de Jardinópolis pelo Skype.


Foi uma conversa muito interessante.


Ele me contou que está ensaiando muito piano com a professora de música Regina para uma apresentação de final de ano.


Ele está ensaiando belas músicas: Fascinação, Carnaval em Veneza, Asa Branca, Noite Feliz, Ode to Joy, Capricho Italiano e outras. Até pude ouvir algumas.


Ele me enviou umas fotos que tirou na Câmara dos Vereadores de Jardinópolis
São fotos de um quadro que foi pintado por Portinari, acompanhado de um texto em que Portinari conta sobre as suas visitas à Jardinópolis, quando criança, pois aqui morava a sua avó materna.
Portinari conta que Jardinópolis era a Meca.
O meu pai me explicou que Meca é considerada a cidade mais sagrada para a religião islâmica e quando dizemos que uma cidade é a Meca quer dizer que ela é muito importante com muitas atrações culturais.


Confira as fotos que ele me enviou abaixo e leiam o texto de Portinari!


Cena pintada por Portinari com mangueiras e colhedores. Jardinópolis é considerada a  "Terra da Manga"

Cena com o texto. Dêem um zoom!

Texto - Parte 1

Texto - Parte 2

domingo, 6 de novembro de 2011

45º dia: "Duas Crianças e uma Festa de Casamento"

Distrito de Outra Dimensão, 6 de novembro de 2011.

Boa noite!

Acabo de chegar de uma festa de casamento de um casal amigo dos meus pais.
Na verdade, os meus pais estão meio bravos comigo.
É que acho que não me comportei muito bem na festa.
Mas também acho que a festa não era para criança.

Eu tinha que ficar o tempo todo sentado numa mesa ouvindo conversas de adultos.
Não levaram nenhum brinquedo para me distrair.

Depois de ter assistido a toda a cerimônia e ficar por 1 hora na mesa da festa, eu comecei a me irritar, sem saber a razão.
Então, comecei a puxar a camisa do meu pai.
Ele olhou para toda a festa para ver se encontrava alguma outra criança para brincar comigo.
E encontrou: o Rafael.
Acho que não foi um encontro muito bom para os meus pais.

Rafael e eu corremos por todo o salão.
Depois resolvemos jogar futebol perto da mesa do bolo com uma bola de papel toalha que fizemos.
O meu pai nos colocou por duas vezes na mesa, mas parecia que os nossos corpos não nos obedeciam.
Eles queriam sempre sair correndo ou ficar mexendo.

Foi quando, após iniciar uma nova partida de futebol de bola de papel, acertei um chute certeiro nos bonequinhos que ficavam encima do bolo.

Os meus pais decidiram, então, deixar a festa.
Acho que não fui legal com eles hoje e acabei ficando triste.
Mas eles, depois de uma longa conversa para o ouvido de uma criança, resolveram me perdoar, aqui em casa.

Agora, perdoado, posso dormir melhor!

Boa noite!

sábado, 5 de novembro de 2011

44º dia: "Artur Careca"

Distrito de Outra Dimensão, 05 de novembro de 2011.
 

Boa tarde!

Estou feliz!

É que acabo de vir da rua, onde encontrei o Artur Careca.

Há pessoas que nos deixam felizes só de vê-las e o Artur é uma delas.

Ele é um senhor careca que sempre trata as crianças com muita alegria.

O Artur Careca tem muitos talentos. É costureiro, técnico de futebol, projetista de filmes de cinema, músico baterista e também comanda a fanfarra de Arceburgo.

Às vezes, eu gosto de visitá-lo em sua casa, pois lá é muito agradável. Têm pássaros, gato, cachorro, tem a Rosinha, que foi professora de matemática do meu pai e sempre me ensina alguma coisa nova, e a D. Lourdes, que é uma ótima cozinheira.

Adoro encontrar pessoas amigas que me dão atenção.

Sabe!? Crianças gostam de atenção, de ser ouvidas. E o Artur sabe ouvir as crianças.

Já descobri que para ser amigo não importa a idade. O Artur tem a idade do meu avô e é tão divertido como os meus amigos da minha idade, mas só com uma diferenças, ele sabe de mais coisas, mais histórias...

Então, quem for para Arceburgo e encontrar um senhor careca, muito boa gente, andando pela rua... ah, deverá ser o Artur!

Tchau...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

43º dia: "Brincando de cozinheiro"

Distrito de Outra Dimensão, 04 de novembro de 2011.


Boa noite! Ou boa tarde!?
Quando é horário de verão não sei se 7 horas da noite é à noite ou à tarde.

Acabo de chegar da casa da tia Mirandinha.
Eu e meu primo João Pedro ajudamos a tia fazer a janta hoje e,  é claro, ajudamos a comer também.

Fizemos e saboreamos um delicioso lanche de hambúrguer da tia Mirandinha.
O hambúrguer é diferente, pois não é feito só de carne de boi, mas também de cenoura, beterraba, abobrinha, cheiro verde, orégano, tomilho, manjericão, tomate, mandioquinha-salsa, uma cebola pequena, dois dentes de alho e sopa de cebola em pó.
A nome da carne usada pela tia é contra-filé, mas ela contou que pode ser a carne da preferência de quem vai comer.

Primeiro, lavamos os legumes e as ervas.
A tia Mirandinha descascou o tomate e retirou as sementes dele.
Ela pediu, então, que colocássemos todos os ingredientes, com exceção da sopa de cebola, no copo do processador; primeiro os ingredientes mais duros e depois os mais moles e as folhinhas.

Depois de processados ou triturados, nós amassamos os ingredientes em formato de hambúrguer com a sopa de cebola em pó.
O hambúrguer foi assado pela tia.

Depois, foi só colocarmos dentro de um pão e comermos esta gostosura com limonada.

Se você gosta de lanche, pede aí para algum adulto fazer junto com você!

Abaixo vai uma foto do hambúrguer da tia Mirandinha, com uma folha de manjericão gigante do lado que tem um cheiro muito gostoso. hummmm...








quinta-feira, 3 de novembro de 2011

36º ao 42º dia: "Uma viagem com o tio Domingos"

Distrito de Outra Dimensão, 03 de novembro de 2011.


Oi, pessoal!
Já estava com saudades de vocês.

Nesses dias estive em uma viagem inesperada.
Mamãe, papai e eu tomamos um balão no balãoporto do distrito, nas sexta-feira passada, com destino a Pouso Alegre, onde visitaríamos um primo que mora por lá e é cultivador de morangos.
Daí deve vir o nome de Pouso Alegre, pois deve ser muito legal pousar perto de uma plantação de morangos.

O condutor do nosso balão era o meu tio Domingos.
Ele sabe conduzir um balão como ninguém e sabe fazer as manobras mais incríveis.

Então, o balão foi subindo, subindo... já dava para ver o distrito todo... depois era possível ver a cidade de Arceburgo... depois já eram vistas Guaranésia, Monte Santo de Minas, Mococa, Tapiratiba e até Guaxupé.
Estava tudo bem, quando atravessamos uma nuvem... outras nuvens foram aparecendo do lado dela, muito rápido e quando olhei para baixo só havia nuvens. Parecia um mar só com espuma das ondas.
Nesse momento, vi alguma coisa dentro das nuvens. Não sei dizer o que era, mas deu sopro muito forte que atingiu o nosso balão.
A viagem, então, ficou rápida de mais. O balão parecia um foguete!!

De repente, o céu se abriu de novo. Não havia mais nuvens.
Tio Domingos disse que estávamos  muito longe de Pouso Alegre.
O seu aparelho de navegação indicava que nós estávamos em Foz do Iguaçu.
Olhei para baixo e não acreditava.
Nunca tinha visto cachoeiras tão grandes caindo em um mesmo lugar.

Tio Domingos percebeu que eu fiquei muito admirado e foi conduzindo o balão para baixo até ficarmos de frente para as cachoeiras.
A minha mãe disse maravilhada:
- São as Cataratas!!
Estávamos tão perto das quedas d’água que pingos caíam sobre a gente.
O meu pai achou tudo muito estranho, mas também divertido!

Tio Domingos sugeriu, então, que aproveitássemos para dar um passeio e nos mostrou a Usina de Itaipu, com uma grande represa de água, uma grande barreira de concreto que segura o curso do rio.
O meu tio explicou que quando as águas do rio passam pela barreira movimentam grandes turbinas e são por causa delas que nós podemos acender as luzes na minha casa lá no Distrito de Outra Dimensão.

Gostamos do grande desvio na viagem, mas resolvemos retomar nosso destino; mas, ao passar as nuvens novamente, um novo sopro atingiu o balão e nos posicionou acima de um grande pântano. Um lugar cheio de água, vegetação, pássaros e animais. Era o Pantanal Mato-grossense.
Eu vi até onça pintada, jacarés e sucuri, uma cobra tão grande que parecia não ter mais fim.

Saindo um pouco do Pantanal, vi uma grande boiada, com bois todos branquinhos.
Tio Domingos ficou preocupado, porque já estava escurecendo.
Resolvemos, parar o balão em uma pastagem.

No outro dia, sábado, quando acordei já estávamos voando de novo.
Olhei para baixo e vi árvores que não acabam mais.
Tio Domingos disse que um novo sopro nos levou para a Floresta Amazônica.
Viajamos o dia inteiro sobre a floresta e vimos os grandes rios Negro e Solimões e algumas tribos de índios.
Resolvemos pousar o balão em Manaus e até assistimos a uma peça em um tetro muito lindo - o Teatro Amazonas.

No domingo, reiniciamos a viagem. Isso foi há 4 dias. E nesses 4 dias, um grande sopro fez que nós déssemos uma volta ao mundo.
Um dia eu vou contar o que eu pude ver nesses 4 dias.
Mas hoje, preciso dormir para descansar, já que amanhã vou ter retomar as matérias de aula que perdi durante esta viagem inesperada!!

Tchau...